Obesidade e fertilidade: entenda como o controle de peso pode melhorar as taxas de sucesso de procedimentos de reprodução assistida 

Especialista pontua como a condição pode afetar as chances de uma gestação bem-sucedida; Quadro pode ser tratado com hábitos saudáveis e prática de exercícios físicos

A obesidade é um fator que pode comprometer a fertilidade, dificultando o sonho de muitos casais. Um estudo publicado em 2023 na revista científica BioMed Central demonstrou que o excesso de peso compromete os resultados de gravidez dos ciclos de fertilização in vitro (FIV).  

Para Oscar Duarte Filho, especialista em reprodução assistida da Vida Bem Vinda, unidade do FertGroup, essa combinação de fatores não apenas reduz as taxas de sucesso dos procedimentos, como também pode comprometer a gestação. Isso torna fundamental que mulheres e homens que estejam acima do peso busquem uma abordagem saudável antes de iniciar os tratamentos, visando melhorar suas chances de uma gestação bem-sucedida.  

A obesidade, uma condição crônica e progressiva, reconhecida como uma epidemia global pela Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta atualmente mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo. No Brasil, dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/2019) indicam que 60,3% dos adultos têm excesso de peso, totalizando cerca de 96 milhões de pessoas, com a maior prevalência entre o público feminino, que apresenta 62,6%. 

Consequências da obesidade na fertilidade 

De acordo com o especialista, o peso interfere diretamente na fertilidade de homens e mulheres. “Nas mulheres, o excesso de gordura altera os níveis hormonais, prejudicando a ovulação e levando a ciclos menstruais irregulares. A obesidade também está associada à Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), uma condição que dificulta ainda mais a concepção”, afirma.  

Já nos homens, a obesidade pode levar a uma diminuição da produção de testosterona e afetar a qualidade do sêmen, resultando em contagem reduzida e mobilidade comprometida dos espermatozoides. “Isso impacta diretamente as chances de fecundação, tanto natural quanto assistida”, pontua Oscar Duarte.  

Outro ponto a se considerar é o impacto da obesidade nas complicações gestacionais. De acordo com pesquisa publicada na Oxford Academic, em 2023, mulheres com obesidade estão mais propensas a enfrentar problemas como hipertensão, partos prematuros e diabetes gestacional (DMG).  

Informações do Ministério da Saúde indicam que houve um crescimento nos registros de internações associadas ao DMG no Brasil, saltando de 27.594 em 2018 para 46.508 em 2022. 

Importância do controle de peso 

Diante dos impactos negativos da obesidade na fertilidade, é essencial que casais que desejam engravidar busquem orientação médica e considerem a perda de peso como uma estratégia para aumentar as chances de sucesso nos tratamentos de reprodução assistida.  

Uma das estratégias fundamentais é adotar uma alimentação saudável. “Isso inclui reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, com carboidratos refinados (açúcar e farinha branca) e gorduras hidrogenadas (biscoitos, bolos e pães industrializados, margarinas, frituras e fast food) enquanto se aumenta a ingestão de frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas e gorduras de boa qualidade (nuts, coco, abacate e peixes)”, aponta.  

Além da alimentação, segundo o Dr. Oscar Duarte, incorporar exercícios regulares na rotina também é crucial. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda de 150 a 300 minutos de atividade física de moderada a intensa por semana para todos os adultos.  

“Existem diversas opções de exercícios que podem ser incorporados à rotina. A caminhada, por exemplo, é simples e eficaz, enquanto o ciclismo trabalha o condicionamento cardiovascular e a força das pernas. A natação é um excelente exercício de baixo impacto, e o treinamento de força aumenta a massa muscular. São várias possibilidades: o importante é escolher aquela que mais goste e que possa incorporar no cotidiano”, complementa. 

É válido reforçar que o acompanhamento profissional é uma parte importante do tratamento. Algumas vezes será necessário lançar mão de estratégias medicamentosas, planos alimentares mais estruturados e personalizados, e terapias individuais ou em grupo. Por isso, consultar médicos, nutricionistas e psicólogos pode ajudar a elaborar uma estratégia segura, saudável e eficaz ao longo da jornada da fertilidade. 

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