Dia das mães: como a medicina reprodutiva está mudando as perspectivas para as mulheres que sonham com a maternidade

Congelamento de óvulos e outras técnicas permitem que a decisão em relação a ter filhos possa ser tomada no melhor momento

No próximo domingo (12/5), comemora-se o Dia das Mães. Há algumas décadas esse dia poderia ter um significado diferente para as mulheres que passam pela dificuldade em engravidar. Felizmente nos dias atuais, com o advento de novas tecnologias e as constantes descobertas científicas, principalmente na área de genética, a Medicina Reprodutiva vem mudando os cenários para milhares de mulheres – não somente para aquelas com dificuldades para engravidar, como também para as que deixam para engravidar mais tarde: (acima dos 35 anos) e que também querem realizar o sonho de uma gravidez saudável.

“As mulheres hoje querem ter estabilidade financeira, maturidade emocional e muitas almejam ter experiências diferentes antes de se tornarem mães. Cada vez mais as mulheres querem  poder escolher o seu momento de engravidar, sem a pressa biológica. E a Medicina Reprodutiva vem mostrando que a maternidade pode chegar mais para frente, pois a ciência e as técnicas têm avançado de forma exponencial”, comenta a Dra. Maria Cecília Erthal, especialista em reprodução assistida do Instituto Vida, unidade do FERTGROUP no Rio de Janeiro.

Além de significar que agora a mulher pode esperar o momento ideal de sua vida, há também aquelas jovens que recebem um diagnóstico de câncer ou de alguma outra doença que interfira no sistema reprodutor feminino e que podem se beneficiar da técnica de congelamento de óvulos,  a fim de preservar sua fertilidade, antes de começar um tratamento médico que possa interferir com potencial reprodutivo

“O congelamento de óvulos é um procedimento muito seguro. Além disso, não há um tempo limite para que os óvulos sejam mantidos congelados. Nós temos registros de casos em que o óvulo foi utilizado mais de dez anos após o congelamento e a fertilização foi um sucesso”, comenta a especialista, lembrando que muitas mulheres têm optado por engravidar após os 35 anos, como mostrou outro um levantamento recente do IBGE.

De acordo com os dados, as mulheres têm engravidado cada vez mais tarde em solo brasileiro. Para se ter ideia, nos últimos 10 anos, o aumento de gestação na faixa etária que vai dos 35 aos 39 anos foi de 63%, em contrapartida, a taxa de nascimentos entre mães com até 19 anos caiu 23% no mesmo período.

Quando a mulher deve começar a pensar em congelamento de óvulos?

No momento que a mulher opta por engravidar após os 35 anos, já se deve programar a preservação da fertilidade. Quanto mais cedo congelar os óvulos, melhor será o resultado no futuro. “Mesmo para os casos de mulheres e/ou casais que não cogitam em ter filhos, o congelamento de óvulos é uma boa opção, pois não é incomum a mudança de ideia após os 40 anos e o desejo na gravidez vir com força total. Porém, o relógio biológico não acompanha essa mudança e, afinal de contas, é necessário se permitir ‘mudar de ideia’ ao longo da vida”, comenta. 

“A recomendação é que as pacientes procurem uma clínica especializada em reprodução assistida para avaliação até os 30 anos de idade, quando sua capacidade reprodutiva ainda está muito boa. Mas, infelizmente, muitas vem quando já tem acima de 35, ou seja, quando já houve uma perda no potencial reprodutivo ”, complementa Maria Cecília.

Isso ocorre porque, ao longo do tempo, a qualidade dos óvulos vai diminuindo e há risco de não formarem embriões saudáveis. “Por isso nós indicamos o congelamento cada vez mais cedo, quando ainda temos uma boa reserva quantitativa de óvulos e de boa qualidade, com chances de serem fertilizados e dar origem a excelentes embriões”, comenta a médica.

A faixa etária da paciente também pode implicar no número de óvulos que devem ser congelados. Normalmente, são esses:

●       Até 34 anos, de 11 a 15 óvulos;   

●       Dos 35 aos 38, de 16 a 20;  

●       A partir dos 38, de 21 a 30.

É importante ressaltar que se a paciente estiver saudável, fazendo os exames prévios em uma boa clínica de reprodução assistida e mesmo tendo comprovada uma capacidade reprodutiva normal, não existe contraindicação para o congelamento de óvulos. Muito pelo contrário, o melhor momento é enquanto a reserva de óvulos está adequada em quantidade e qualidade, pois, caso necessite desse material que foi guardado para engravidar no futuro, quanto mais jovens os óvulos, maior vai ser a chance de sucesso em se obter a gravidez.

“A recomendação para quem toma pílula anticoncepcional é a suspensão durante a aplicação dos remédios para estimulação ovariana. Depois que é feita a coleta dos óvulos, a paciente está liberada para voltar a usar o anticoncepcional”, explica.

Entretanto, algumas condições devem ser levadas em consideração. “Acima dos 40 anos, técnicas de congelamento não são impossíveis, mas nós costumamos recomendar o procedimento antes dessa faixa etária, porque o sucesso de uma gestação diminui muito com o avanço da idade, e isso pode ser frustrante para a paciente”, conclui Maria Cecília Erthal

Sobre o FERTGROUP

O FERTGROUP nasceu em 2023 como resultado de uma iniciativa de investimento e expansão liderada pelo Fundo de Private Equity da XP. Maior e mais inovador grupo especializado em reprodução humana do Brasil, atualmente está presente em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Distrito Federal por meio das marcas Fertility, Geare, Vida Bem Vinda, Gerar Vida, Primórdia, Vida e Verhum.

Tendo como pilares o estabelecimento da confiança médica, excelência técnica e atendimento humanizado em todos os serviços, o FERTGROUP investe seus esforços no desenvolvimento de alternativas que contribuem para a democratização do acesso à saúde reprodutiva através da contínua expansão de sua presença geográfica e de novos modelos de financiamento, bem como na geração de informações para a sociedade em geral, comunidade médica e empresas.

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