Ovorecepção é uma das possibilidades para famílias realizarem o sonho de ter filhos biológicos, através da fertilização in vitro; O procedimento, aprovado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM),é realizado em clínicas de reprodução assistida especializadas
Muitas mulheres têm o desejo de ter filhos, mas enfrentam dificuldades para engravidar. Entre as principais causas para o problema, estão a baixa reserva ovariana (diminuição da quantidade e, em muitos casos, da qualidade dos óvulos), menopausa precoce, obesidade, doenças ginecológicas, tratamentos de câncer, cirurgias, etc.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade é uma doença do sistema reprodutor feminino ou masculino que impede a mulher de gerar filhos. Isso pode ser percebido após um ano de tentativas frustradas para mulheres de até 35 anos, e com apenas seis meses para mulheres acima dessa idade. No Brasil, estimativas da agência especializada em saúde apontam que cerca de 15% dos casais não conseguem engravidar.
Em 2023, um relatório publicado pela própria OMS, baseado em dados coletados entre 1990 e 2021, que envolveu 133 estudos, mostrou que um em cada seis adultos no mundo é afetado por questões de infertilidade ao longo da vida.
Esse cenário pode aumentar o nível de ansiedade e incertezas em casais que anseiam por uma gestação. No entanto, em alguns casos, é possível recorrer a uma ovorecepção, através da fertilização in vitro (FIV) para conseguir engravidar, como explica a XX do FERTGROUP.
“A ovorecepção é um tratamento de reprodução assistida que permite a mulher receber óvulos de uma doadora anônima para engravidar. Nesse caso, mulheres que estão com baixa reserva ovariana, que tenham acima de 18 anos e menos de 50, ou que já estejam na menopausa, podem se beneficiar dessa técnica”.
De acordo com XX, esse procedimento costuma ser indicado para mulheres que tenham doenças como endometriose, síndrome dos ovários policísticos (SOP), menopausa precoce, entre outras. Além disso, a ovorecepção pode contemplar pessoas que desejam ter filhos solos ou casais homoafetivos masculinos, que vão precisar de uma barriga solidária em um segundo momento.
Ainda segundo o/a especialista, a ovorecepção, é um procedimento seguro, tanto para quem doa, quanto para quem recebe, assim como já é muito bem regulamentado no Brasil. A doação é anônima e sigilosa, não havendo contato entre a doadora e a receptora.
Para realizar o procedimento, o primeiro passo é procurar uma clínica de reprodução assistida. “A clínica então ficará responsável por iniciar uma avaliação rigorosa do perfil da receptora com o banco de dados. Depois, ao encontrar uma doadora compatível, levando em consideração características físicas parecidas com a receptora/receptor, tipo sanguíneo, entre outras informações, os especialistas dão início a uma bateria de exames como sorologia, exames ginecológicos, ultrassonografias”, explica XX. “E, por fim, a mulher estará pronta para receber os óvulos doados”, completa.
Ovodoação é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM)
A ovodoação voluntária é a doação de óvulos feita por mulheres que têm óvulos saudáveis para aquelas que, por alguma razão, não conseguem engravidar com seus próprios gametas. Essa técnica já é regulamentada no CFM pela resolução 2.320 de 2022.
O CFM permite que a doação seja realizada por parentes saudáveis de até 4° grau ou por pessoas anônimas, entre 18 e 37 anos, desde que não haja qualquer interesse financeiro, ou seja, a doadora não pode receber nenhum valor por isso.
Para realizar o procedimento, a doadora passa por uma rigorosa seleção física e psicológica e, quando a doação é anônima, a doadora não sabe para quem serão destinados os óvulos posteriormente.
A doação de óvulos não pode ter vínculo financeiro, porém, o CFM autoriza uma redução de custos de tratamentos reprodutivos para as mulheres que são doadoras e precisarão passar por uma fertilização in vitro.
Esse é o caso da chamada “doação compartilhada”. Ou seja, uma mulher que precisa fazer uma fertilização in vitro para ter filhos pode doar alguns de seus óvulos para outra mulher que vai passar pelo mesmo procedimento e não tem óvulos próprios.
“Daí a receptora que vai receber os óvulos, arca com parte dos custos do tratamento da doadora, que não tinha uma boa situação financeira e que, por sua vez, vai ter seu tratamento viabilizado também. Dessa forma, as duas saem ganhando, tendo em vista que, nesses casos, é possível conseguir um bom desconto do valor total”, conclui XX.
Sobre o FERTGROUP
O FERTGROUP nasceu em 2023 como resultado de uma iniciativa de investimento e expansão liderada pelo Fundo de Private Equity da XP. Maior e mais inovador grupo especializado em reprodução humana do Brasil, atualmente está presente em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Distrito Federal por meio das marcas Fertility, Geare, Vida Bem Vinda, Gerar Vida, Primórdia, Vida e Verhum.
Tendo como pilares o estabelecimento da confiança médica, excelência técnica e atendimento humanizado em todos os serviços, o FERTGROUP investe seus esforços no desenvolvimento de alternativas que contribuem para a democratização do acesso à saúde reprodutiva através da contínua expansão de sua presença geográfica e de novos modelos de financiamento, bem como na geração de informações para a sociedade em geral, comunidade médica e empresas.